quarta-feira, 24 de outubro de 2012

"chama o doutor..."

Há tempos venho me questionando sobre a utildade das Ciências Sociais. Sei que esse questionamento não é pessoal, no âmbito das disciplinas que compõe as ciências sociais e no curso acadêmico que tem este mesmo nome, esse questinamento não só é feito como respondido.
Longe de chegar a uma resposta (ainda bem!) me deparo com a seguinte constatação: vocês já perceberam a quantidade de doutores/pesquisadores em Sociologia, antropologia, ciências políticas e áreas afins que são convidados e consultados  a darem parecer sobre acontecimentos da sociedade em geral? Se as taxas de violência são alarmantes, chamam um pesquisador da área, para dizer o porquê de tantos votos nulos, lá está o cientista político...Basta uma pesquisa rápida em jornais e programas de televisão.
Isso não seria uma utilidade prática? Sim, claro. É para isso que pesquisamos tanto, para entender os porquês, desconstruir preconceitos e principalmente para mostrar que muito do que parece ser "natural" foi construído socialmente.
Não produzimos máquinas que melhoram a produção de carros, nem placas que aproveitam a luz solar, mas temos sim nossa utilidade porque ciência pela ciência  não cola.
 E nosso ofício vale a pena não apenas pela utilidade, mas pelas respostas que consegue dar e o alcance que pode ter. E a prova disso é a participação que pesquisadores da área da ciências sociais tem tido nos veículos de comunicação e em outros meios.
Esse post tomaria o blog inteiro, quero voltar a ele em outro momento, como este blog é uma reflexão sobre a prática docente, acho pertinente registrar aqui o que me ocorre quando penso sobre minha profissão.

domingo, 14 de outubro de 2012

Perguntas e Resposta



 "Você já parou para pensar e refletir sobre suas ações docentes?";
Não. Esta é a primeira oportunidade.

Já fez registros de experiências como professor?
Não. Minhas experiências como professora ainda estão no início.

Quantos pensamentos interessantes temos ao longo do dia, mas esquecemos de registrar?
Nossa! Muitos! E como perdemos oportunidades de desenvolver essas idéias, transformando-as em futuros projetos, trabalhos ou experiências práticas para o cotidiano. 

Que tal começar relatando sua primeira experiência como tutor?
Minha primeira experiência com Ead e como tutora aconteceu quando ainda estava na graduação em Ciências Sociais e estagiava na Jornal O Povo na área de cursos à distância ofertados pela Fundação Demócrito Rocha. Fui tutora do curso Educação Fiscal e cidadania que tinha como objetivo principal discutir e informar a população sobre a importância dos impostos etc. Basicamente as funções de tutora deste curso se resumia a responder as dúvidas dos cursistas pelo telefone e email. O AVA (ambiente virtual de aprendizagem) do curso era pouco explorado e não exigia muito da minha atuação, ao contrário do curso que atualmente exerço a tutoria. Lembro de ficar impressionada como o curso chegava a pessoas de locais tão distantes de Fortaleza, onde eu estava, e com vivências completamente diferentes da minha. Em uma ocasião, falava ao telefone com uma cursista da zona rural, quando ela pediu que eu não desligasse, pois ela ia se afastar um pouco do telefone público no qual estava falando para dar passagem a umas vacas.

Quanto ao vídeo do carpinteiro;

Como você agiria em situação parecida com a do carpinteiro?
Difícil responder. Quando estamos cansados ou desestimulados se torna mais penoso desempenhar tarefas que em outra situação ficaríamos felizes em realizar. Por isso, acredito que é sempre útil ter prazer, satisfação, quando possível, nas atividades e ações que desenvolvemos. 

Como o vídeo se relaciona com o trabalho do tutor?
O trabalho de tutor, assim como outras funções, precisa de estímulo, aquela vontade de fazer as coisas bem feitas. Mas quando esse estímulo é afetado por cursistas sem compromisso, discussões superficiais etc ainda assim temos que tentar realizar nossas atividades com empenho porque, entre várias razões, espera-se que façamos isso!  Se desperdiçamos a oportunidade de mostrar como podemos ser bons docentes, vamos mostrá-la quando? As condições perfeitas não existem. Acho que precisamos lidar com a realidade das situações de ensino-aprendizagem.

Que atividades são relevantes no trabalho do tutor?
Ter domínio do material didático e dos recursos técnicos que fazem parte do curso. Além de interagir com os alunos de maneira mais rápida possível.

O que é preciso o tutor fazer em cada momento?
 - O que fazer antes de começar a disciplina?
Ler o material didático, familiarizar-se com as atividades e agenda do curso.

 - Durante a disciplina em situações de fórum?
Estimular a discussão e a participação dos alunos. Avisar, por email ou mensagem, quando um fórum será aberto ou encerrado.

 - Durante a disciplina em situações de mensagem?
Procurar respondê-las o mais rápido possível, de maneira clara e concisa.

 - Durante a disciplina em situações de chat?

Não deixar a conversa “morrer”! 

 - Ao final da disciplina?

Divulgar notas e avaliações de desempenho, além de saudar os alunos.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Pra início de conversa


A imagem que abre este blog pode causar estranhamento, afinal o que tem a ver uma "professorinha", dando aula em quadro de giz com EaD, tutoria e as novas práticas docentes? Nada e tudo.
Essa imagem foi escolhida por ilustrar um assunto que perpassa a educação em diferentes momentos históricos: a dimensão espaço-temporal.
Pretendo discutir bastante esse assunto aqui no blog, já que em tempos de Ead espaço tempo assumem novas configurações ao mesmo tempo em que exige antigos hábitos da sala de aula.